Publicado em: 28/06/2021
A sustentabilidade e a preservação do meio ambiente estão entre os principais conceitos que nortearam todas as edições do Terra Azul.
Dedicamos atenção especial, através do projeto G.A.T.A. (Gestão Ambiental Terra Azul), realizando estudos e melhorias na gestão ambiental com a intenção de minimizar o impacto causado pela nossa presença em todas as etapas da organização, desde as primeiras reuniões de desenvolvimento até a desmontagem do evento.
Dentre as principais atribuições do G.A.T.A. está o Gerenciamento de Resíduos, que recebe grande atenção e evolui a cada edição.
No Festival Terra Azul 7 contamos com a ajuda de 2 parceiros para planejamento e realização das ações necessárias:
- Welt Ambiental, responsável pela criação do PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS).
- Coletivo Ambiente Livre, que integra nosso projeto G.A.T.A. (Gestão Ambiental Terra Azul) e foi o responsável pela gestão/execução de todas as atividades e ações propostas.
Além disso, contratamos mão de obra local para auxiliar nas ações propostas, capacitando esses trabalhadores e levando o conhecimento técnico sobre a gestão de resíduos para agregar no desenvolvimento socioeconômico da população, além de repercutir em novas oportunidades de trabalho para todos os envolvidos.
Introduzimos uma nova forma de classificação dos resíduos, disponibilizando coletores para "orgânicos", "recicláveis" e "rejeitos", resultando na correta segregação dos resíduos gerados.
Para efetividade na gestão de resíduos a equipe G.A.T.A. posicionou os coletores nos principais pontos de geração do festival, fornecendo suporte técnico e logístico para o correto funcionamento de cada local.
Todos os coletores disponíveis para o público foram construídos com pallets ou bambus reciclados para reaproveitamento de materiais que não teriam mais utilidade.
Grandes eventos são potenciais geradores de resíduos e, diante desta realidade, implementamos um sistema de compostagem que visou reduzir em pelo menos 50% os resíduos orgânicos que seriam encaminhados para aterros sanitários.
Para solucionar um problema recorrente na gestão desses resíduos, houve orientação, treinamento e distribuição de baldes, bombonas e dezenas de recipientes aos responsáveis pelos pontos de geração de resíduos nos 10 estandes da praça de alimentação. Assim que os recipientes atingiam a capacidade máxima, eram tampados e transportados até área demarcada para então serem coletados e destinados à área de compostagem. Após esvaziados na composteira, passavam por lavagem e retornavam aos restaurantes para novamente receberem resíduos de forma limpa e organizada.
Para que o processo atingisse o sucesso desejado, também orientamos os responsáveis pela jardinagem da fazenda que acumularam material orgânico, resultante das podas da vegetação, para secagem e posterior incorporação na compostagem, obtendo equilíbrio do carbono x nitrogênio durante o processo.
O apoio dos colaboradores da praça de alimentação, bem como dos responsáveis pela jardinagem da fazenda, mostrou-se indispensável para o cumprimento da meta planejada.
Durante o festival houve a substituição dos copos descartáveis através da venda de copos plásticos duráveis de PEAD (polietileno de alta densidade) possibilitando o uso de forma infinita. Com isso, estima-se que houve uma redução de 99,5 kg de resíduos plásticos que seriam gerados através dos copos descartáveis. Mesmo com a adoção do copo lavável ainda houve geração de 8,4 kg de PS (poliestireno – copos pouco resistentes) e 15,8 kg de PP (polipropileno – copos mais resistentes) provenientes do descarte, representando algo em torno de 12.100 copos.
Sabendo que um dos objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos é a integração dos catadores de materiais recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a equipe de Gestão Ambiental do festival firmou parceria direta com a Cooperativa Cataparaná, que recebeu todos os resíduos recicláveis pré-segregados do evento para que retornassem à cadeia produtiva.
Também houve atenção especial às esponjas de louça, que não devem mais ser consideradas rejeitos. Todas foram recolhidas e transportadas até um PEV (Ponto de Entrega Voluntária) do Programa de Reciclagem da Scotch Brite em parceria com a TerraCycle, que coletam e reciclam o material de maneira ambientalmente correta, evitando que este tipo de material fosse destinado ao aterro, onde levaria mais de 400 anos para se decompor no meio ambiente.
Tomamos o devido cuidado no momento da contratação dos serviços médicos, atentando-se para que a mesma possuísse parceria com empresa devidamente habilitada para transporte e destinação dos Resíduos de Serviços de Saúde.
Todos os resíduos contaminantes e perfurocortantes foram enviados para tratamento ambientalmente adequado na Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde – Cavo, mediante emissão de manifesto de transporte e destinação final em aterro devidamente licenciado para recebimento do material.
Todos esses esforços para a correta gestão dos resíduos não teriam nenhum valor se não fossem acompanhados de ações de conscientização do público que frequentou o festival.
Por isso, foram realizadas várias oficinas, conversas, terapias, atividades com foco socioambiental e exposições artísticas em diversos espaços do festival para conscientizar e fazer com que os participantes levassem esse conhecimento para além do Terra Azul.
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TODOS UNIDOS CONTRA O CORONAVÍRUS !
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